Uma portuguesa está a chefiar um projecto sul-africano de apoio a mulheres e crianças vitimas de violações.
A sua história e das mulheres por ela socorridas contada no programa da Linha da Frente, da RTP, em Coração de Mãe, uma força mais poderosa do que a natureza.
Preservativos com dentes!
É um novo dispositivo inventado por uma médica sul-africana para tentar contrariar o cada vez maior número de violações no país.
Estatísticas oficiais indicam a ocorrência de uma violação de mulher adulta na África do Sul em cada 17 segundos, números que não incluem as agressões sexuais a menores.
Um estudo efectuado há um ano pela Human Rights Watch revela que 28 por cento dos homens inquiridos admitiu já ter uma violação sexual e que uma em vinte dessas agressões ocorreu durante os 12 meses anteriores à sondagem.
Uma médica sul-africana Sonnet Ehlers apresentou agora um novo dispositivo, por ela inventado, chamado "rape-axe" e que se destina a dissuadir agressores reincidentes.
Em termos simples trata-se de uma espécie de preservativo munido com dentes que deverá ser utilizado pelas mulheres no seu dia-a-dia ou, em particular, em situações onde não se sintam completamente seguras.
Resta saber qual será a reacção dos agressores a tal "surpresa" numa sociedade onde a maioria dos criminosos são capturados na posse de armas letais.
Imagine um país - neste caso o Congo - onde ocorrem pelo menos sessenta violações diárias cometidas por militares governamentais.
Apesar dos alertas lançados por diversas ONG´s, quase oito mil casos foram reportados às autoridades só em 2008 e falamos, sublinho, apenas de casos reportados (que são em si uma fracção dos realmente ocorridos).
Mais grave ainda é a denúncia feita agora pela Human Rights Watch, segundo a qual o número de violações naquele país triplicou até aqui este ano.
Um pesadelo que nos deveria chocar e mobilizar a todos? Hmmm... pois... Posso-vos deixar um desafio de trabalho de casa?
Prestem atenção aos jornais e telejornais hoje à noite e vejam se existe a mínima referencia que seja a este relatório ou ao crime contra todos nós por ele denunciado.
O virar da cara ou o silêncio nestes casos não será uma conivência com quem os faz?