Simplesmente espectacular a abertura do Campeonato Mundial de Rugby na Nova Zelândia.
Durante cerca de um mês, 20 países disputam um título que pertence nesta altura ao país de Nelson Mandela, mas, acima de tudo, é uma montra de algo que é para mim, de longe, o desporto colectivo mais completo.
Diz-se que o rugby é uma modalidade de arruaceiros praticada por cavalheiros mas, para mim que já a pratiquei ao mais alto nível, é uma escola de virtudes ao mais diverso nível, a começar pela inviabilidade do sucesso individual sem uma articulação colectiva.
Para os menos versados, é um confronto puramente físico; nada mais longe da verdade !
Seja como for, bem mais consensual, é o espectáculo de partilha que o video acima ilustra.
Já começou!
Quando os (ainda) Springboks entrarem em campo no próximo ano, na Nova Zelândia, para defesa do título mundial, terão do lado esquerdo do peito das camisolas o símbolo da Protea e, no extremo oposto, o logo da prova.
O emblema dos Springboks, que é um dos mais prestigiados e antigos do rugby mundial, só poderá, quando muito figurar numa das mangas, antes de cair em definitivo, para aplauso dos movimentos anti-apartheid mais radicais que sempre o associaram às políticas descriminatórias raciais.
Nelson Mandela pugnou sempre, no entanto, pela defesa daquele símbolo na selecção sul-africana de rugby, como gesto de reconciliação com o povo afrikaner, que tinha o centro da sua cultura desportiva nesta modalidade.