Que bom foi voltar a pedalar entre gente feliz, por uma causa de solidariedade.
Seis meses após ter ido à faca soube-me, também por isso, particularmente bem terminar entre os 20 primeiros, num pelotão de de mais de sete mil participantes.
Mas a maior luz foram os sorrisos de todos os que se levantaram cedinho, numa manhã mais convidativa a mergulhos na praia, para pedalar em nome de quem mais precisa.
Sempre!
Imagine-se o desespero de ter um filho raptado.
Mas o facto é que essa é uma tragédia que atinge anualmente mais de 50 mil famílias chinesas.
Tudo para alimentar um negócio milionário num país onde persiste a política de um casal - um filho.
Um drama que levou muitos pais a desafiarem a proibição de protestos públicos e a manifestarem-se, ainda que discretamente, nos arredores de Pequim.
Mesmo assim a polícia interveio, não para minorar o sofrimento ou o pesadelo dessas famílias mas para repor a ordem pública; remeter ao silêncio quem sofre.
Foto: Autores do "Histórias sem aquele era uma vez"
Vamos pedalar por um projecto humano de todos nós.
Depois de termos produzido o livro "Histórias sem aquele era uma vez" para financiar um projecto de apoio a meninas vítimas de tráfico sexual na Guiné-Bissau, um grupo de jornalistas das três tvs, diversas rádios e periódicos escritos vamos participar no Lisboa Bike Tour.
As bicicletas em que vamos pedalar na prova serão doadas como meio de transporte à escola sustentada pelo projecto "SOS Meninas Talibés".
Torne-se, connosco, parte deste abraço colectivo comprando e divulgando o livro, cuja receita reverte integralmente para um projecto que é também seu.
Obrigado!
A escolha é nossa;
Sermos e tornarmos os outros felizes ou virarmos as costas uns aos outros...
...e a nós próprios.
Pensa nisso em 2010!
É um projecto de sonho que recupera a nossa fé nos seres humanos.
Dêem uma olhada e julguem por vós próprios;
http://padrinhosdeportugal.blogs.sapo.pt/
Entretanto deixo-vos um "cheirinho" de uma prosa escrita pelo jornalista da Lusa Fernando Peixeiro, um dos dinossauros do tempo, recente, do jornalismo de valores.
"O Projecto Esperança é apoiado pela organização Padrinhos de Portugal, com doadores anónimos a escolherem uma criança pobre cuja educação financiam, além da alimentação. Três árvores num recinto fechado em Marracuene dão sombra para grandes mesas onde comem diariamente quase 300 crianças, órfãs, a maioria de pais vítimas de sida. Portugueses anónimos dão o resto, carinho incluído. Marracuene, nos arredores da capital moçambicana, abriga o Projecto Esperança, apoiado pela organização Padrinhos de Portugal, associação humanitária fundada pela jornalista Catarina Serra Lopes em 2002, que hoje apoia crianças em Marracuene e na Beira, centro de Moçambique".