Maio 1960 ao colo de minha mãe, com meu pai e mano João
Deu-me a vida a irreverência de querer aprender e de me sentir cada vez mais ignorante.
A prenda do carinho recebido no dar a mão a quem dela precisa, porque só assim faz sentido nosso existir.
Há 50 anos que me seduz a humildade dos gigantes, porque só esses o são, humildes...quem sabe...escuta!
Olho meus pais, meus manos, meus filhos lindos, a Sara meiga, os amigos do coração...e o Mundo nos casula a todos borboletas... mesmo aos que trocam o mel por fel, porque são esses, nosso destino adoçar.
Maio 1962 - com mano João (à direita)
Foi o próprio Nelson Mandela quem pediu a Morgan Freeman que interpretasse a sua personagem no filme “Invictus”, que se estreia sexta-feira nos Estados Unidos.
“Invictus” ( "inconquistado" ou "inconquistável" em latim) é titulo de um poema publicado em 1875 pelo britânico William Ernest Henley e era um dos favoritos de Mandela durante os 27 anos que cumpriu de prisão.
“Madiba”, como é conhecido afectuosamente entre os seus próximos, aceitou em retorno abrir a sua privacidade ao actor norte-americano.
Freeman pediu a Mandela uma proximidade tal que pudesse segurar a mão do lider histórico negro de modo a captar a sua energia e falar e mover-se como ele.
O filme que tem estreia marcada para Portugal a 14 de Janeiro já foi descrito pelos críticos que o visionaram como “uma história muito boa, contada muito bem”.
Aborda o visionarismo como um líder político negro – Nelson Mandela – e um lider desportivo branco – François Piennaar (capitão da selecção de rugby sul-africana) protagonizaram um abraço racial “mágico” num país que ameaçava explodir em guerra civil.
Morgan Freeman interpreta o papel do agora nonagenário Nelson Mandela, despois de este ter assumido a presidencia da África do Sul em 1994.
Ouvimo-nos mesmo uns aos outros?
Experimentem, a ausência da nossa voz não é o sentir dos arco-íris que tal silêncio pode semear.
Somos pedrinhas de uma longa caminhada e das coisas mais linda que o Mia (Couto) me contou um dia foi a magia nele despertada, pelo pai, quando o ia buscar à escola, a pé, e sempre tinha tempo para os brilhos do mundo, rasteiros, que a maioria dos adultos vai desaprendendo de sonhar.