Grafismo: NYT
O alerta é do New York Times:
As mesmas forças que conseguiram, finalmente, o sufoco da economia portuguesa comprometem o futuro das restantes democracias ocidentais, em termos de latitude fiscal e não só.
Leia por si o artigo e verifique a solidez desta análise:
http://www.nytimes.com/2011/04/13/opinion/13fishman.html?src=ISMR_AP_LO_MST_FB
....mas este alerta levanta uma interrogação preocupante sobre a lucidez dos lideres ocidentais, quando parecem mais preocupados em apontar dedos do que em identificar e atacar um problema, predatório, que lhes baterá à porta, mais tarde ou mais cedo, em efeito dominó.
Um dos mais notáveis fotojornalistas que conheci profissionalmente em diversos cenários de conflitos.
João Silva deu os primeiros passos como reporter na África do Sul durante os últimos anos conturbados do apartheid.
Desde então tornou-se reconhecido a nível mundial por uma sensibilidade humana e uma humildades raras, somadas num talento deslumbrante.
Agora, quatro meses após ter perdido ambas as pernas ao pisar uma mina durante uma reportagem no Afeganistão, voltou a andar, com a ajuda de próteses.
"O fisioterapeuta colocou-me as próteses, perguntou-me se eu queria andar e eu arranquei. Devo ter andado na passadeira umas 20 vezes. Não conseguia parar", explicou o fotojornalista português, citado pelo New York Times, ao serviço do qual sofreu as lesões.
Depois do levantamento na Tunísia, o norte de Africa arde no país dos faraós.
Volatilidade de uma das regiões pilares da segurança mundial alimenta apreensões.
Eventual derrube de Mubarak terá implicações macro-políticas consideráveis.
Foto João Silva
Detidos dormem no chão de prisão superlotada, Lilongué, Malaui.
Esta é uma das fotos que melhor traduzem o rasgo de um português descrito pelo director do New York Times como um dos melhores fotógrafos de guerra do mundo.
Bill Keller conheceu (tal como eu) o João quando os três cobríamos na África do Sul todo o processo que se seguiu à libertação do Nelson Mandela.
Refugiado naquele país com os pais, 15 anos antes, do caos que rodeou a independência de de Moçambique, João começara a trabalhar para o maior diário sul-africano, o The Star, enquanto eu e o Keller eramos correspondentes estrangeiros. Ele do New York Times e eu da Lusa. Ambos com escritórios no mesmo corredor do MediaCenter, da Pritchard Street.
Bill Keller escreve agora que desde aquela altura se impressionou com o talento, humildade e intuição raros do fotojornalista nascido há 44 anos em Lisboa.
Mas também com a força interior de um profissional que acredita irá vencer, também por isso, a mina que lhe amputou parcialmente ambas as pernas e retomar a sua paixão de fotografar. Assim que aprenda a caminhar em próteses.
Exagero? Irrealismo? Não o creio. Conheço diversos antigos "tropas" especiais que sofreram lesões semelhantes e se locomovem hoje, com agilidade, recorrendo a próteses. E o João é certamente feito da mesma fibra. Keller acredita nisso e eu também.
Para quem tenha tempo e sensibilidade, recomendo a leitura do artigo citado, através do link que aqui deixo do New York Times. É uma entrevista dada pelo João em Dezembro último....ajuíza por ti. E mais não digo. Não é preciso.
http://lens.blogs.nytimes.com/2010/10/26/joao-silva-acting-despite-fear/?scp=1&sq=joao%20silva&st=cse
Foto: João Silva /New York Times
João Silva nasceu na margem sul de Lisboa em 1966 e conheci-o na África do Sul onde ambos apostámos durante mais de uma década as nossas carreiras de jornalistas (e ele ainda continua a fazê-lo).
O João tem a simplicidade e desprendimento dos super-dotados que se afirmam pelo talento, coragem e frontalidade.
É hoje um dos grandes reporteres fotográficos mundiais da actualidade depois de ter começado a sua carreira no sul-africano Alberton Record, em 1989.
No ano 2000 deu à estampa, com Greg Marinovich, o livro Bang-bang club, obra de foto-jornalismo que fixava as venturas e desventuras do grupo com o mesmo nome e que ele também integrava.
Um conjunto de reporteres de imagem que ia aos pontos mais perigosos e obscuros da África do Sul quando o país do ouro derrapava na fronteira de uma guerra civil, no último estertor do apartheid.
São dele as fotos anexas, com a devida vénia, de reportagens profundas na periferia do Mundial de futebol.
Foto: João Silva /New York Times
É a maior promoção de sempre às sardinhas enlatadas portuguesas!
O New York Times destacou no seu sector gastronómico um video onde as sardinhas Bom Petisco são recomendadas como ingrediente-base de uma receita prática.