Parece um resort de turismo de cinco estrelas Europeu mas onde se busca a excelência do didatismo académico; o saber pensar informado.
Hoje é dia de debate num dos auditórios: o "objecto" é a "Liberdade", um "bem" quase sempre só apreciado na sua plenitude quando..ausente ou reprimido.
O vídeo abaixo anexo é um testemunho crú de algo que tantas vezes só parece configurável em guião de cinema.
Como será talvez o olhar de muitos estudantes brasileiros que na sua esmagadora maioria não eram nascidos na altura da ditatura militar.
Que raio andam a fazer com os nossos filhos no Colégio Militar que estes ganharam no fim-de-semana todas as provas de corta-mato regional escolar tanto a nível individual quanto colectivo?
...e o Diário de Notícias que tanta atenção anda a devotar à denúncia dos abusos "cometidos" no Colégio Militar perdeu mais este “escândalo”?
Confesso que sendo um leitor regular do DN, desde a minha meninice, ficaria preocupado com o rigor do “consumido” até agora nas matérias que me são menos familiares (e por isso mesmo não consigo diferenciar opinião/distorção e informação/desinformação).
Ainda hoje, para “ilustrar” um artigo (negativo) sobre os Pupilos do Exército utilizaram uma foto do....Colégio Militar.
Se generalizasse estes incidentes - como induziram os artigos sobre o CM - diria que o DN é um jornal de credibilidade duvidosa e envolvido numa campanha contra o Colégio.
Assim prefiro acreditar que são lapsos humanos isolados, que fogem à norma e preocupação de rigor de um jornal prestigiado.
É caso para dizer que quanto mais sabemos a fundo de algo mais tememos que diariamente nos sejam servidos noticiários pejados de erros.
Isto se extrapolarmos para um alinhamento geral as imprecisões ou erros factuais grosseiros cada vez mais prevalecentes e detectáveis nas tais áreas que conhecemos a fundo.
Vem isto a talhe de foice do que li, escutei e vi sobre o Colégio Militar, em peças quase sempre assinadas por alguém que obviamente não fazia a mínima ideia do coração da questão em si.
Dou até de barato que os(as) ditos(as) jornalistas tivessem redigido as respectivas peças de boa-fé, sem preconceitos e antes tropeçado no ecoar de premissas já manipuladas ou acabassem por o fazer ao darem eco a opiniões com segundos interesses e pseudo-factos.
É alucinante o nível de violência registado todos os dias em grande parte das escolas portuguesas, com agressões entre alunos e destes a professores mas aos ditos jornalistas preocupa-os que no Colégio Militar uns alunos "torturem" outros com flexões de braços.
A culminar as atoardas, um jornal diário veiculou na semana passada diversos artigos em "denúncia" de que alunos do 11º ano teriam sido supostamente violentados a ponto de irem parar ao hospital.
Deixo apenas uma dica.. alunos dessa idade já estão no topo da hierarquia do Colégio Militar...acha que alguém os torturou ou andaram a dar uma de "Rambos"?
Aprendi no Colégio Militar a ser rigoroso, justo e leal. Princípios que aplico à minha maneira de estar na vida e na profissão de jornalista.
Por isso me incomodam os artigos que li, em dois dias consecutivos, na imprensa sobre o Colégio Militar. E incomodam-me de duas formas;
1. Por esperar daquela escola uma irrepreensibilidade de métodos e ética;
2. Por não reconhecer nos artigos em questão nada que me permita concluir se houve ou não abusos aos parâmetros aceitáveis num estabelecimento com padrões de exigência muito elevados a todos os níveis.
Sou ex-aluno e pai de um “rata” e, também por isso, muito atento à educação ali dada e a eventuais derrapanços ocorríveis num estabelecimento onde parte substancial da co-formação é atribuída aos graduados (alunos mais velhos e mais bem qualificados).
Repito a expressão “incomodam-me” exposições mediáticas, quando feridas pela ignorância de factos essenciais a um posterior juízo equilibrado por parte dos leitores.
É verdade que no Colégio Militar os alunos são levados a empurrar os limites das respectivas capacidades físicas e intelectuais.
É uma opção consciente dos pais e (deveria ser dos alunos) que escolhem o Colégio para atingirem determinados patamares de excelência, para os quais se exigem forçosamente sacrificios.
Todos sabemos que fazer, por exemplo, ginástica de alta competição, implica níveis de treino extremamente penosos para a esmagadora maioria das crianças, única forma de as fazer atingir os níveis de excelência procurados.
Não consta que pais de atletas processem em tribunal os clubes ou treinadores que lhes exigem tantas vezes esforços a níveis limite.
No caso pendente, das duas uma; ou estão em causa abusos ao quadro de referência explicado (e aceite) pelos encarregados de educação no acto de matrícula ou um desajuste óbvio dos queixosos relativamente àquele.
Os artigos em causa não nos permitem, de forma alguma, concluir se foi um ou outro caso. Quando não se sabe ou consegue apurar e expor a verdade de forma equilibrada é sempre preferível defender a presunção de inocência e o direito ao bom nome.
Ou sou só eu que penso assim por ser ex-aluno do Colégio Militar?