Uma portuguesa está a chefiar um projecto sul-africano de apoio a mulheres e crianças vitimas de violações.
A sua história e das mulheres por ela socorridas contada no programa da Linha da Frente, da RTP, em Coração de Mãe, uma força mais poderosa do que a natureza.
A 11 de Novembro é lançado em Portugal o livro que explica como Nelson Mandela se transformou num dos herois do nosso tempo.
Prefaciado por António Vitorino, o livro MANDELA - A construção de um homem inclui um posfácio com Graça Machel onde se revelam brechas humanas de um homem profundamente cioso da sua intimidade.
Alguém que sempre sublinhou estar longe de ser um santo, a menos que víssemos - nas suas palavras - um santo como um pecador que continua a tentar.
Um retrato de um homem que se soube construir, mudando-se a si primeiro para poder, depois,transformar o mundo à sua volta, pelo exemplo de positivismo, humildade e redenção.
"Não sou um santo a não ser que vejam num santo um pecador que continua a tentar" - Nelson Mandela
Documento que diz mais do que milhões de palavras...
Passam hoje 20 anos que fui colocado como jornalista na África do Sul
...e, no coração, nunca mais de lá saí!
Durante 10 anos vi este homem sair da prisão e deslumbrar o mundo. Transformar cépticos e racistas num abraço de arco-íris.
Obrigado à agencia Lusa que me proporcionou essa experiência única como jornalista, em particular a três chefes excepcionais; Eduardo Oliveira e Silva, Luis Marinho e Luisa Ribeiro.
Em Outubro vou-vos contar tudo num livro!
Amba Kahle Madiba!
Faça a diferença, seja parte de um projecto humano exemplar.
Quarenta jornalistas de tvs, rádios e imprensa escrita escrevemos o livro de contos "Histórias sem aquele era uma vez", cuja receita reverte integralmente para uma iniciativa de apoio a meninas vítimas de tráfico social na Guiné-Bissau.
Cada comprador de um livro torna-se assim parte desse abraço global a crianças que são de todos nós.
Veja acima a reportagem dos meus colegas e amigos Luis castro e Nuno Patrício que deu origem a este projecto.
O livro pode ser comprado na maioria das livrarias em Portugal ou via internet, à Porto Editora, através do link:
http://www.wook.pt/ficha/historias-sem-aquele-era-uma-vez/a/id/7190111/filter
Jornalistas "concorrentes" unidos num projecto de todos nós.
O livro de contos "Histórias sem aquele era uma vez" é um colinho que pretendemos dar a meninas vítimas de tráfico sexual na Guiné-Bissau.
Eu sou apenas um dos 40 jornalistas que aderiu ao projecto de rescrevermos contos tradicionais portugueses num livro cuja receita reverterá integralmente para a viabilização de a ONG SOS Crianças Talibés.
O projecto teve por motor o meu colega e amigo Luis Castro, que detectou e denunciou esta rede de tráfico durante uma reportagem na Guiné-Bissau.
Torne-se parte desta ponte de carinho. O projecto também é seu. É de todos os que acreditamos num Mundo melhor e queremos fazer por isso. Obrigado. A si!
Na visão eurocêntrica, tende-se a atribuir os engulhos do Mundial na África do Sul a supostas limitações africanas quando a prática tem revelado outra realidade bem diferente;
- Os problemas mais graves têm radicado na ignorância como se olha para a África do Sul, como foi o caso da venda de bilhetes para os jogos do Mundial.
O secretário-geral da FIFA deu finalmente a mão à palmatória, assumindo o erro de se ter optado pelo retalho via internet, num país onde o futebol é a modalidade preferida da maioria negra (os brancos preferem o rugby e o críquete), que tem - percentualmente - um acesso diminuto à web.
A prova é que assim que se passou para a chamada quinta fase de vendas (feita ao balcão) houve uma avalancha de pedidos no país anfitrião. E a menos de dois meses do pontapé de saída, estima-se agora uma assistência média de 95 por cento em todos os jogos.
Já o alertei (e reafirmo) durante as acções de formação que tenho feito a jornalistas designados para cobertura do Mundial na África do Sul; é um erro crasso olhar-se para o modus operandi neste Mundial como se fez nos anteriores.
...e o que mais receio não é a eventual ocorrência de incidentes de segurança mas a irresponsabilidade de se perder, por ignorância (e decorrente arrogância), a oportunidade rara de os media nos adicionarem saberes.... em vez de lugares comuns.
Há cinco anos que é uma estrela do céu, o melhor jornalista que conheci na vida e me deu o imenso prazer de ser meu amigo.
Ross Dunn nasceu há 55 anos na Austrália, e era um dos mais brilhantes jovens jornalistas do seu país quando foi colocado na África do Sul, logo após a libertação de Nelson Mandela.
Dele era um sentido de justiça e um humanismo únicos. Uma pena ágil, coragem e verticalidade, só comparáveis a uma imbatível atracção pelo precipício no campo afectivo, finalmente redimida em Israel onde uma doença fatal lhe traiu o sorriso.
Dele era esta expressão única (*)...minha, a saudade imensa de um amigo e de um jornalista únicos.
Até já meu amigo! (amba kahle - em zulu)
(*) He used to joke that all subeditors had a secret button on their keyboards called the BLB - the Best Line Button. Hit the button and it would automatically search out the best line in the story (in the reporter's view) and delete it.
É indicativo da nova realidade da sociedade portuguesa que, pelos vistos, só passa ao lado das prioridades editoriais dos nossos media.
Angola é indiscutivelmente o maior foco de interesse externo do empresariado português e da nossa emigração mas ninguém o diria se tivesse por base de análise os nossos jornais/telejornais.
E o motivo é só um: alguém inventou - acreditem ou não os não-jornalistas - que África "não faz audiências" (eu diria que o problema é antes a cada vez maior ignorância sobre o tema de quem define os alinhamentos).
Mas como a vida prossegue o seu rumo, mesmo à revelia dos media (que paradoxo!) os dados agora revelados pelo SEF não deixam margem para dúvidas; pela primeira vez desde a independência de Angola o número de emigrantes angolanos em Portugal baixou.
De 32.728 passaram a 27.619, no ano passado, enquanto o número de portugueses que procuram Angola não pára de aumentar e só é de alguma forma restringido pelas dificuldades na obtenção de vistos.
É caso para dizer; acordem jornalistas!
África e Angola têm de assumir nas páginas e alinhamentos dos nossos jornais o mesmo relevo que ganham cada vez mais junto dos portugueses senão admirem-se de um dia fazerem jornais só para consumo dos amigos e da respectiva família.