Farto de ser achincalhado publicamente, o primeiro-ministro italiano perdeu as estribeiras.
Berlusconi telefonou para um programa da cadeia de televisão privada La 7 (uma das que não controla em Itália), quando se debatia o chamado caso Ruby, onde lhe é atribuído o incitamento à prostituição.
Convidado a pronunciar-se sobre o debate que decorria em estúdio Berlusconi afirmou que estava a assistir a um programa desagradável, com uma condução lamentável, infame e repugnante...
E assim vai o mundo da política e o debate público em torno dos seus protagonistas.
Admirem-se depois que os níveis de abstenção continuem a subir tal como o zapping de cada vez que o tema mediático é... política.
“Amem-me como eu sou” – o apelo/desafio do chefe de governo italiano Sílvio Berlusconi fala por si.
Berlusconi reitera não haver nada de imoral no seu gosto afirmado por mulheres bonitas e menos ainda na forma como traduz em actos o que outros pensam ou, quando muito, apenas verbalizam.
Confrontado com ameaças de boicote de diversas Primeiras-damas à Cimeira do G-8 agendada de 8 a 10 de Julho em L´Aquila, o PM italiano encolhe os ombros:
“Sou generoso, honesto, leal e fiável e é por isso que não vou mudar” – contrapôe. ”O que fariam vocês sem mulheres? São homossexuais? Na próxima vez trago comigo um par de mulheres vistosas em idade de consentimento”. – acrescentou em conversa com trabalhadores no local onde se vai realizar a Cimeira do G8.
Berlusconi tornou-se centro de uma controvérsia por ser anfitrião de prostitutas, empresários e responsáveis políticos em festas onde alegadamente se consomem drogas.