Foto: Autores do "Histórias sem aquele era uma vez"
Vamos pedalar por um projecto humano de todos nós.
Depois de termos produzido o livro "Histórias sem aquele era uma vez" para financiar um projecto de apoio a meninas vítimas de tráfico sexual na Guiné-Bissau, um grupo de jornalistas das três tvs, diversas rádios e periódicos escritos vamos participar no Lisboa Bike Tour.
As bicicletas em que vamos pedalar na prova serão doadas como meio de transporte à escola sustentada pelo projecto "SOS Meninas Talibés".
Torne-se, connosco, parte deste abraço colectivo comprando e divulgando o livro, cuja receita reverte integralmente para um projecto que é também seu.
Obrigado!
Jornalistas "concorrentes" unidos num projecto de todos nós.
O livro de contos "Histórias sem aquele era uma vez" é um colinho que pretendemos dar a meninas vítimas de tráfico sexual na Guiné-Bissau.
Eu sou apenas um dos 40 jornalistas que aderiu ao projecto de rescrevermos contos tradicionais portugueses num livro cuja receita reverterá integralmente para a viabilização de a ONG SOS Crianças Talibés.
O projecto teve por motor o meu colega e amigo Luis Castro, que detectou e denunciou esta rede de tráfico durante uma reportagem na Guiné-Bissau.
Torne-se parte desta ponte de carinho. O projecto também é seu. É de todos os que acreditamos num Mundo melhor e queremos fazer por isso. Obrigado. A si!
Eram mortes anunciadas. Sem ser preciso um sangoma africano para o descortinar.
Nino Vieira e o Chefe de Estado Maior Na Waié tinham literalmente um ódio de morte recíproco e foi isso que lhes caiu em sorte.
Foi primeiro Na Waié, que por sua vez já sucedera a um Chefe de Estado Maior assassinado no seu gabinete em Bissau. Agora em vez das balas o destino foi consumado por uma bomba que os apoiantes do general consideraram asssinada por Nino.
O resultado foi um assalto retaliatório à residencia do Presidente da República, onde o entrevistei há dois anos.
Recordo o cofre enorme atrás da sua secretária e de pensar “que cena caricata”. Uma espécie de banco do jogo do monopólio arrumado junto a uma porta de acesso ao jardim traseiro, através do qual Nino saía de casa.
É um país com uma longa história de violências mas onde só se recordam as politicamente correctas.
Alguém se lembra do assassínio brutal e gratuito dos majores portugueses que Spinola enviara para negociar um acordo de paz com o PAIGC à revelia de Lisboa?
Alguém recorda as centenas de militares negros presos, executados e sepultados em valas comuns só por terem servido a bandeira portuguesa?
Às vezes é melhor não haver memória. Sermos todos amnésicos.