Formaram uma das unidades de combate mais efectivas e disciplinadas do nosso tempo, mas foram postos de lado no prato por "correção" política.
O Batalhão Búfalo integrou angolanos empurrados para as Terras do Fim do Mundo, durante a corrida às armas no fim da década de 70.
Depois de serem alimentados e reenquadrados nas forças armadas sul-africanas, foram novamente abandonados à sua sorte, por aqueles que serviram.
(Ilustração de NUNO MALDONADO TUNA)
O primeiro livro sobre NELSON MANDELA dedicado a jovens escrito por um jornalista que o acompanhou durante uma década como correspondente estrangeiro na África do Sul e com ilustrações originais de Nuno Maldonado Tuna.
Lançamentos também já marcados em Coimbra (5 Dezembro, Bertrand Dolce Vita), no Porto (7 Dezembro - 16h00 FNAC Gaia e 21h30 FNAC Northeshopping), Viseu (8 Dezembro, 16H00, Palácio do Gelo) e, de novo em Lisboa, em várias escolas públicas e privadas e na FNAC Colombo (14 Dezembro, 21h30).
Foi um privilégio de vida acompanhar as pisadas de Nelson Mandela durante uma década enquanto correspondente na África do Sul, mas não menos o foi testemunhar como é em cada um de nós que mora a capacidade de fazer a diferença.
Madiba no-lo mostra; cada um de nós tem uma metade de luz e outra de sombra. Se o somos assim como podemos "sublinhar" a imperfeição nos outros, "remunerando-lhes" o hemisfério de sombra?
É nossa a opção de como tocamos o próximo; pela luz ou pela sombra, como é nosso depois também o eco da opção que fizemos.
Esta é a história real - sem vírgulas políticas ou interesses directos ou indirectos, seja no que for que não seja o relato puro - do atropelar de tudo cometido na independência de Angola.
Uma memória que fica para a História.
Aqui contada na primeira pessoa.
O matador espanhol Sérgio Vegas quis matar o touro, na praça de Granada, mas ficou ele próprio às portas da morte.
Apesar de ter sofrido uma perfuração de 25 centímetros por uma das hastes do touro em pontas, Vegas sobreviveu por autêntico milagre, já que o corno não atingiu nenhum orgão vital e os médicos do hospital de Granada conseguiram estancar a hemorragia.
O incidente voltou a alimentar a celeuma em torno dos espectáculos tauromáticos; com defensores e opositores a trocarem acusações e a assumirem posições irredutíveis....enquanto prossegue a "festa brava".
Um testemunho impressionante que nos amachuca a todos!
Tornei-me amigo da Lara durante a década em que fui correspondente na África do Sul e ela era produtora/fixer da Reuters tv em Joanesburgo.
Éramos ambos jovens "promissores" neste "métier" do jornalismo em zonas complicadas, sempre envolvidos nas "esfregas" de localidades negras em polvorosa contra o apartheid, na guerra aberta em Angola e a guerrilha que sufocava Moçambique.
A vida elevou-a depois, por mérito próprio, a uma das imagens de marca da CBS, sem que nunca perdesse, apesar disso, a enorme simpatia, humildade e carinho com alimentava amizades antigas como a nossa.
Mesmo que em breves reencontros, aqui e ali no mundo, ou emails que o passar dos anos e as distâncias geográficas foram espassando.
Agora, ao vê-la varandar lágrimas pelas brutalidades a que foi sujeita, não consegui reter a mesma reacção em mim. Não quis fazê-lo.
Apeteceu-me pedir-lhe desculpa, como homem, do que outros homens lhe fizeram !
Já perdeu o pai, o marido, e um irmão em incidentes violentos e ela própria sofreu dois atentados lançados pelos talibâ.
Mas nem isso lhe travou a determinação de procurar um futuro mais justo e iqualitário para todos no Afeganistão.
Aos 35 anos, Fawzia já conquistou uma das duas vice-presidências do parlamento afegão e prepara-se para disputar as próximas eleições presidenciais, marcadas para 2014.
Entrevistei-a num hotel de Lisboa, por onde passou em viagem de promoção do seu livro Às minhas filhas com amor...
Um dos mais notáveis fotojornalistas que conheci profissionalmente em diversos cenários de conflitos.
João Silva deu os primeiros passos como reporter na África do Sul durante os últimos anos conturbados do apartheid.
Desde então tornou-se reconhecido a nível mundial por uma sensibilidade humana e uma humildades raras, somadas num talento deslumbrante.
Agora, quatro meses após ter perdido ambas as pernas ao pisar uma mina durante uma reportagem no Afeganistão, voltou a andar, com a ajuda de próteses.
"O fisioterapeuta colocou-me as próteses, perguntou-me se eu queria andar e eu arranquei. Devo ter andado na passadeira umas 20 vezes. Não conseguia parar", explicou o fotojornalista português, citado pelo New York Times, ao serviço do qual sofreu as lesões.
A maior fuga de informações da ofensiva aliada no Iraque!
- 400.000 documentos secretos revelados:
- Centenas de civis abatidos em controlos de estrada americanos;
- Maioria das mortes eram civis;
- Americanos ignoraram evidências de tortura de civis por Iraquianos.
No gume dos limites da informação perdemos a capacidade de saber até que ponto nos subtraem verdades politicamente desconfortáveis ou compramos como verdadeiros relatos total ou parcialmente distorcidos.
Na era do info-espectáculo os telejornais respiram e vivem das audiências...e ponto final.
Se os governos não se preocupam com o perfil de sociedade e de Homem que construímos (sem direcção que não seja a aritmética) qual o papel que resta aos media? Vestir-se de D.Quixotes ou acomodar-se e sobreviver?
Será esse o mundo que queremos deixar para os nossos filhos?