Fundir a RTPÁfrica com a RTPi deve ser das maiores atoardas avançadas numa série de ideias que rezemos alguém no governo tenha a lucidez de arquivar no lixo.
Nenhum público-alvo pode ser mais divergente do que o destas duas antenas internacionais, no entanto, aí está ! :
Mas não menos graves são as atoardas de se terminar a publicidade na RTP (alimentando artificialmente as privadas à custa dos contribuintes) e de encerrar a RTPMemória que funciona a um custo residual e é exemplo notável de rentabilização de património histórico audio-visual.
Para não falar da RTPInformação que se está a tornar rapidamente uma vencedora quando era dada por moribunda.
A seguir os mesmos "iluminados" vão dizer que a RTP não angaria receitas suficientes e é um fardo para os contribuintes!
E é em pareceres e "saberes" (?) destes que o nosso governo se vai basear para reformar as empresas públicas?
Valha-nos Deus !
Pode parecer um problema dos outros. Antes o fosse.
Anos sucessivos a baixar a fasquia do ensino para melhorar as taxas de suposto sucesso escolar, a desautorizar professores, a aprovar alunos calinos que completam licenciaturas a mal escrever sequer em português, conduz ao quê?
O mais fantástico é que há mesmo quem acredite que se está a melhorar, que os estudantes agora pensam melhor do que há umas décadas atrás, quando os alunos eram forçados, imagine-se, a memorizar matérias, e não transitavam de ano sem dominarem, no mínimo, 50 por cento dos conteúdos ou das destrezas requeridos.
E a factura já se está a pagar, quando a actual geração de pais jovens - formada nessa iluminação educativa - perdeu a noção da escala da gravidade da herança que vai deixar aos próprios filhos. Porque ninguém sente a falta do que desconhece.
Uma sociedade que não procura a excelência, não define um perfil de homem a formar, é como um sprinter que corre às cegas sem ver a pista.
Irá ter a um lado qualquer. Certamente! A grande velocidade; também.
E, com igual probabilidade, estampar-se-à algures.
O país do arco-íris de Nelson Mandela nunca pára de nos surpreender.
Imagine que os nossos governantes tinham de assinar contratos de performance no exercício da respectiva função e que eram premiados ou punidos conforme o resultado.
Impossível? Não...no país onde um antigo prisioneiro político saiu da prisão para abraçar os seus carcereiros.
Pois é, o governo do ANC, agora presidido por Jacob Zuma, acaba de anunciar que os recém-nomeados ministros vão ter de assinar contratos de prestação e serão depois avaliados na concretização dos objectivos definidos.
Com base em relatórios trimestrais, o presidente agirá em conformidade.
O executivo sul-africano dá assim um exemplo, DE CIMA....imaginem a ideia pegar em Portugal...
Na África do Sul o ANC obteve o seu pior resultado eleitoral desde o fim do apartheid em 1994, mesmo somando cerca de 65 por cento dos votos expressos.
O insucesso no combate ao crime, à pobreza, à SIDA e à corrupção esteve na origem da perda de mais de 8 por cento dos votos anteriormente obtidos pelo partido que já foi de Nelson Mandela.
Mesmo assim, o apoio público prestado à última hora pelo líder histórico anti-apartheid à campanha eleitoral do ANC terá pesado na escolha de milhões de indecisos.
A maior economia africana deverá ser presidida a partir de meados de Maio pelo zulu Jacob Zuma, uma figura populista, que colmata a sua débil formação académica com uma postura humilde e conciliatória, que lhe permite rodear-se de quadros com formação técnica adequada.
A interrogação que persiste é se manterá enquanto presidente a conduta pelo menos questionável, se não criminosa, que já lhe custou diversos processos "abafados" em tribunal.
Um décimo dos Presidentes de Conselhos Executivos das escolas portuguesas vão levar ao limite a contestação ao sistema de avaliação de docentes imposto pelo governo.
Reunidos em Lisboa, representantes de 180 dos cerca de 1200 CE´s existentes em Portugal decidiram recusar-se a penalizar os professores que boicotem o controverso sistema, no formato imposto.
Os Pr´s dos CE´s sublinham não existir no quadro legal nenhuma disposição que obrigue os docentes a efectuarem tal avaliação sendo assim ilícita uma penalização por recusa.
Foram ainda acordados os princípios de criação de uma futura associação de dirigentes de escolas públicas