Não vou perder, certamente, a estreia em Portugal a 9 de janeiro, de "MANDELA - O LONGO CAMINHO PARA A LIBERDADE", baseado na biografia homónima, escrita por Richard Stengel (director da Time) e editada por Ahmed Kathrada (o melhor amigo ainda vivo de Nelson Mandela).
A interpretação de Idris Elba no papel de Mandela é inesperadamente avassaladora e toda a película foi rodada em cenários reais.
Os críticos de cinema podem dizer o que quiserem. Eu, que acompanhei Mandela durante 10 anos, como correspondente estrangeiro na África do Sul, e há mais de duas décadas estudo a sua vida não tenho dúvidas; 5 estrelas !
Veja este excerto de um filme que é o mais caro alguma vez rodado em África.
Foi um filme erótico que virou o cinema.
E hoje ficámos mais pobres com o adeus precoce da sua actriz principal, Maria Schneider.
A atriz francesa morreu em Paris, sua cidade natal, aos 58 anos, vítima de doença prolongada.
Aos 19 anos, foi escolhida por Bernardo Bertolucci para protagonista em "Último Tango em Paris" (1972), no qual contracena com Marlon Brando e que causou polémica à época por aparecer em nu integral e devido às cenas de sexo.
Sem vergonha, se varandou uma lágrima nos olhos do meu coração.
Esta mensagem de alguém minado por um cancro devastador, que insiste em trocar o fel por mel, nos relembrar o caminho de luz, o espalhar de amor, o semear de arco-íris no nosso existir.
Obrigado a todos os que o fazem e assim se tornam, diariamente, meus irmãos.
Guardo-lhe a imagem de "homem-de-Estado" passadinho a ferro. Cabelo branco sempre irrepreensível; um sentido de humor mordaz.
O chefe da "Missão Impossível" da minha adolescência morreu à porta de casa, em Los Angeles, quando o coração lhe parou aos 83 anos.
Peter Graves foi também mais conhecido do grande público por um papel liderante no filme "O aeroplano" (The Airplane).
Estreada em 1967, 'Missão Impossível' manteve-se como uma das rainhas da televisão norte-americana e de todo o Mundo até 1973. Uma segunda versão da série esteve no ar entre 1988 e 1990 e Peter Graves foi o único membro do elenco original a regressar.
Estreia amanhã em Portugal um filme-lição-de-vida.
A Embaixada da África do Sul deu-me a honra de ser um dos oradores hoje, na ante-estreia em Lisboa, de Invictus, um filme realizado por Clint Eastwood sobre um gesto mágico de Nelson Mandela.
O livro-base de John Carlin (meu colega-correspondente na altura na África do sul) faz jus em rigor, luz e dimensão ao abraço deslumbrante que reconciliou um país à beira da guerra civil.
E mais não digo! Vejam o filme. É dos documentos mais deslumbrantes a que assisti em toda a minha vida.
Sinal dos tempos; a NASA viu-se na necessidade de desmentir que o fim do mundo ocorra daqui a três anos, conforme configurado num cenário profético Maia.
Uma profecia transposta para o cinema em filme estreado agora em diversos países, incluindo Portugal.
Vale o que vale, com todo o respeito, é sempre um exercício adicionante escutarmos outros saberes.
O facto é que há muito no mundo à nossa volta que estamos longe de conseguir explicar e entre essa ignorância colectiva destacam-se as construções Maia (e outros segredos bem guardados desta cultura).