Passas o tempo em busca da aceitação pelo chefe, pela sociedade, por um lugar ao Sol, como se ele não estivesse, no final de contas sempre num mesmo lugar; dentro de ti.
Frustras-te quando directores só dão oportunidades sempre aos mesmos e remuneram os bajuladores, que os fazem sentir semi-deuses, donos da verdade única, subtraindo-lhes a primeira qualidade que os levara à chefia; a capacidade de tirar o melhor de todos à sua volta.
Mas porquê afinal, te hás-de sentir frustrado(a), se isso se vira contra ti, de todas as formas, tornando-te parte do problema e não da solução?
Mandela recordou durante décadas que se queremos mudar os outros devemos começar por o fazer a nós próprios.
Respeita os chefes e directores mas deixa-os e respectivas cortes irem por onde lhes dê na bolha.
A titularidade de chefia é transitória. Segue a lei geral da gravidade; sobe até um certo ponto e depois cumpre, inevitavelmente, a trajectória oposta.
Nessa altura, a corte de bajuladores acorda amnésica, cega, surda e muda. Liberta-se da perda do estado de graça do bajulado e muda-se, com a mesma adulação, para a nova liderança emergente.
Experimenta escutar mentes lúcidas como a de Ken Robinson e rir-te-ás, como eu, dessa insanidade recorrente.
Enriquece-te interiormente e dá a tudo o que faças o melhor de ti mas não caias no pior erro de todos; esperar a aceitação superior.
Não é esse o tempo deles nem da nossa sociedade.
Sê feliz por e para quem amas. Por seguires um teu próprio sonho. Por lutares por um mundo melhor.
O resto é pura perda de tempo.
No Colégio Militar aprendi algo cada vez mais actual e urgente!
- Pobres dos chefes que se esquecem que o respeito é uma estrada de dois sentidos e que só o são - CHEFES - transitoriamente.
Podem obter um baixar dos olhos, mas mais abaixo fica ainda a consideração de quem os escutou!