É dos homens mais deslumbrantes que já entrevistei.
Desmond Tutu foi prémio Nobel de paz de um mesmo país que por esses dias mantinha encarcerado Nelson Mandela.
E ao destacar-se por mérito próprio num mesmo plano, antes de Madiba ser libertado, e já depois de este ter liderado uma reconciliação redentora, Tutu tornou-se uma referência por si mesmo.
Dele guardo o testemunho de sessões trucidantes da Comissão da Verdade e Reconciliação. Onde nos recosturámos irmãos, na partilha de dôr.
Obrigado. Sempre!
Agora retirou-se da vida pública para, nas suas palavras, abrir espaço a novas vozes que o rendam na viagem. E poder apreciar, na privacidade de quem lhe adoça os dias, o chá sul-africano rooibos, que só cresce nas terras agrestes do Karoo.
Documento que diz mais do que milhões de palavras...
Passam hoje 20 anos que fui colocado como jornalista na África do Sul
...e, no coração, nunca mais de lá saí!