Conheci-o já no virar da idade adulta, em Melides, casado com a Cláudia Cadima.
Sempre o admirei como ser humano, pessoa linda de luz que nos fazia sorrir, nas nossas fragilidades, reinventando a simplicidade de sermos irmãos.
Há meses deixei aqui no Selva Urbana, este trailer onde ele nos re-acordava a urgência de nos amarmos, de buscarmos ternura e a partilharmos como gotas de orvalho.
Benzendo-nos a nós próprios nesse processo.
Fazia-o com a lucidez redobrada de quem já sabia ter seus dias contados mas continuava, em cada reacordar, a beijar a vida como o milagre que ela é.
Hoje deixou-nos e foi descansar para sempre no nosso coração.
Obrigado António Feio por tudo o que nos ensinaste.
Sem vergonha, se varandou uma lágrima nos olhos do meu coração.
Esta mensagem de alguém minado por um cancro devastador, que insiste em trocar o fel por mel, nos relembrar o caminho de luz, o espalhar de amor, o semear de arco-íris no nosso existir.
Obrigado a todos os que o fazem e assim se tornam, diariamente, meus irmãos.