É um reencontro de sonho após mais de dois meses encurralados no subsolo rochoso de uma mina de ouro e cobre chilena.
Os primeiros de 33 mineiros começaram a ser içados individualmente à superfície através de um túnel recém brocado e com recurso a uma cápsula construída especialmente para o efeito.
Imediatamente antes as equipas de salvamento fizeram descer um especialista ao abrigo onde os mineiros se encontram retidos há 69 dias, para ajudar os homens debilitados a cumprir em segurança os procedimentos necessários.
É uma operação sem precedentes que está a ser acompanhada em directo através de televisões e rádios de todos os continentes.
É uma luta contra-relógio e contra o desespero de quem está encurralado, 700 metros abaixo da superfície.
As equipas de salvamento vão experimentar um plano alternativo que poderá reduzir a metade o horizonte de resgate até aqui estimado em quatro meses.
A ideia é utilizar uma mega escravadora de abertura de poços de água para alargar uma das três condutas de comunicação entretanto abertas para fazer chegar víveres e medicamentos aos 33 homens, retidos num abrigo da mina de San José desde o passado dia 5.
São os paradoxos da tecnologia. Tão sofisticados e, afinal, tão frágeis.
Imagine-se o que devem ter passado os milhares de passageiros do Eurostar, “entalados” a noite inteira no túnel entre França e o Reino Unido.
A situação ainda não foi desbloqueada. Os responsáveis do comboio de alta velocidade esperam que “depois do Natal” tudo volte à normalidade.