A África lusófona é notícia (desta vez) por bons motivos.
Cabo Verde surge em quarto lugar (incluído no quadro de honra continental de boa governação) e Angola deu um salto enorme no sentido positivo, do chamado index Mo Ibrahim.
É uma avaliação anual, país a país, patrocinada pela fundação de um multimilionário sudanês (Mo Ibrahim).
Nas conclusões deste ano evidencia-se um alerta: as melhorias económicas e de qualidade de vida estão a ser contrariadas por recuos a nível dos direitos humanos e das liberdades civis em muitos países africanos.
A classificação global inclui items como segurança, participatividade, direitos humanos, oportunidades económicas sustentáveis e desenvolvimento humano e é por via disso, que de uma forma algo inesperada, Cabo Verde surge à frente de um gigante como a África do Sul.
Em termos de qualidade de governação, figuram ainda nos trinta melhores países africanos dois lusófonos; São Tomé e Príncipe (11º) e Moçambique (20º).
Apesar de todas as convulsões de que tem sido palco, a Guiné-Bissau figura na 41ª posição, entre os 53 avaliados, à frente de Angola (43ª), o país que mais subiu mas é ainda fortemente penalizado como um dos mais frágeis do mundo em termos de desenvolvimento humano.