Um livro imperdível na generosidade das palavras de António Vitorino, durante o lançamento de MANDELA - A Construção de um homem.
Páginas de luz, esperança e redenção que nos tocam de todas as formas porque se passam e passeiam nos nossos sonhos. Na herança que sonhamos para o Mundo à nossa volta.
Podemos ser imperfeitos. Sejamo-lo. Não faz mal. Mas utilizemo-lo como degrau de aprendizagem.
Escuta link anexo abaixo, de entrevista à Antena 1;
Imagine-se alguém que se reconstruiu acima das suas imperfeições humanas, dentro das paredes de uma prisão.
É um farol de luz que nos deveria e poderá guiar a todos se assim o quisermos. Se nisso investirmos o melhor de cada um de nós.
Esse é o MANDELA - A construção de um homem, lançado hoje à tarde, para todos podermos viajar, sentir e quase tocar, alguém que nos mostrou o caminho.
A escolha é nossa.
Em vésperas das primeiras eleições mutirraciais na África do Sul, Nelson Mandela encarava sereno o caminhar à beira do abismo.
A extrema direita lançava uma série de atentados bombistas e o Partido Inkatha, do príncipe zulu Mangousuthu Buthelezi, pegava em armas contra a hegemonia do ANC.
Mandela escolheu estender as mãos a uns e a outros.
Transformar adversários e inimigos em parceiros de solução. Tirar o melhor de todos à sua volta.
Um santo? Longe disso. Ele próprio sempre nos alertou contra isso...a menos que vejamos num santo um pecador que continua a tentar.
A 11 de Novembro é lançado em Portugal o livro que explica como Nelson Mandela se transformou num dos herois do nosso tempo.
Prefaciado por António Vitorino, o livro MANDELA - A construção de um homem inclui um posfácio com Graça Machel onde se revelam brechas humanas de um homem profundamente cioso da sua intimidade.
Alguém que sempre sublinhou estar longe de ser um santo, a menos que víssemos - nas suas palavras - um santo como um pecador que continua a tentar.
Um retrato de um homem que se soube construir, mudando-se a si primeiro para poder, depois,transformar o mundo à sua volta, pelo exemplo de positivismo, humildade e redenção.
Barack Obama será o autor do prefácio do livro de vida de Nelson Mandela "Conversations with Myself", que tem data prevista de lançamento a 12 de Outubro.
A editora Farrar, Straus and Giroux descreveu o lIvro como uma narrativa arrebatora, de grande intimidade e poder.
O livro assenta nos diários e notas escritas por Mandela nos anos 60, durante os 27 anos de prisão e ainda discursos e conversas gravadas.
Os dotes de escrita do presidente norte-americano estão longe de ficar atrás das qualidades oratórias; os seus livros “Dreams From My Father” e “The Audacity of Hope,” lideraram as listas de vendas durante largos períodos.
Quanto a Nelson Mandela...é melhor nem falar. Se não leu "Long Walk to Freedom" ainda está a tempo de se redimir.
Até lá devore pelo menos o mais recente "Legado de Mandela", assinado por Richard Stengel, e perceba o privilégio que é vivermos na mesma era deste Senhor.
A prova, em vida, que somos aquilo que fizermos de nós mesmos!
Obrigado Madiba!
A uma semana de completar 92 anos, Nelson Mandela foi a presença mais aplaudida na final do Mundial de futebol na África do Sul.
No mesmo local onde há 20 anos liderou o seu primeiro comício após ser libertado da prisão, Madiba esteve em campo apenas alguns minutos, mas recolheu o aplauso unânime e entusiástico dos mais de 90 mil espectadores que esgotaram a lotação de Soccer City.
Para os livros oficiais fica a vitória da Espanha sobre a Holanda por 1-0, com um golo de Iniesta a dois minutos do final do prolongamento.
Mas fora da paixão nacionalista, de vencedores e derrotados no plano desportivo, fica o sorriso contagiante daquele grande senhor que se mantem um farol de toda a humanidade.
Durante 10 anos vi este homem sair da prisão e deslumbrar o mundo. Transformar cépticos e racistas num abraço de arco-íris.
Obrigado à agencia Lusa que me proporcionou essa experiência única como jornalista, em particular a três chefes excepcionais; Eduardo Oliveira e Silva, Luis Marinho e Luisa Ribeiro.
Em Outubro vou-vos contar tudo num livro!
Amba Kahle Madiba!
Só uma vez vi Nelson Mandela com lágrimas nos olhos, quando recordou a morte brutal do filho mais velho - enquanto cumpria uma pena de prisão perpétua - e o governo de Pretória o impediu de se despedir do primogénito e de assistir ao seu funeral.
Na hora do anúncio de que não iria recandidatar-se à presidencia, explicou-nos (aos jornalistas acreditados na África do Sul) que pretendia dedicar o resto da sua vida aos netos e bisnetos, já que a sua luta de vida o impedira de ser o pai sonhado por seus filhos.
Só posso imaginar a dor imensa que o trespassa agora, depois de a sua bisneta mais chegada, Zenani, ter morrido num desastre brutal de viação, dois dias depois de completar 13 anos.
Ele, o homem que de despediu com um "até já", quando se ajoelhou, junto à sepultura de Joe Slovo, o branco mais senior que com ele remou contra o fim do sistema de apartheid na África do Sul.
Ambha Kahlé (até já - em língua zulu) Madiba!