A 50 dias do Mundial de Futebol a África do Sul anunciou que vai emitir vistos gratuitos para entrada no país a quem for assistir à prova, agendada de 11 de Junho a 11 de Julho.
A iniciativa ocorre quando faltam vender pouco mais de 250 mil dos cerca de três milhões de bilhetes previstos para todos os jogos, que têem o pontapé de saída na Soccer City, um estádio (re)construído na fronteira do Soweto, sobre a estrutura do antigo FNB.
Não tenho dúvidas de que a prova será um mega-sucesso, num país onde o futebol é a modalidade preferida da maioria negra (os brancos preferem o críquete e o rugby).
Já ali assisti a eventos desta escala (como os Mundiais de críquete e de rugby e a Cimeira Mundial do Desenvolvimento Sustentado) e todos eles foram uma festa, realizados com rigor e um embrulho africano requintado.
As únicas reticências prendem-se - quanto a mim - numa eventual sobranceria de jornalistas e visitantes, que acreditem nas garantias de "corredores (supostamente) seguros da organização/FIFA" ou, noutro extremo, se enredem numa paranóia de medo e desperdicem uma oportunidade de ouro de conhecer (e dar a conhecer) um país deslumbrante.
É um terreno com regras e cuidados muito próprios...avisados estão.
Benfica "vira" em vitória por 2-1 na Luz o duelo de gigantes com o Liverpool.
Na África do Sul "ataca-se" de frente o problema da criminalidade para fazer do Mundial de Futebol a festa que o desporto deve ser.
No país onde Nelson Mandela apostou no desporto (rugby) como pilar da reconciliação nacional (vidé filme "Invictus"), o futebol é o desporto-rei da maioria negra e será, certamente, um "Mundial" memorável.
A contrariar o afro-pessimismo todos os 10 estádios do "Mundial" de Futebol na África do Sul já estão prontos, a dois meses e meio da prova.
Em "obras" mantêm-se os acessos a muitos deles e a "pacificação" da rede integrada de transportes publicos, uma herança ainda por resolver no país 16 anos após o fim do sistema de apartheid.
No centro do Mundial ergue-se o mega-estádio Soccer-City - localizado no Soweto (cidade negra satélite de Joanesburgo) - reconstruído a partir do velho FNB e agora tornado o maior de África (94 mil lugares sentados).
Para quem ainda não entendeu o deslumbramento de África....
....para os outros, um arrepio de alma. Um arco-íris de sorrisos!
Para quem duvida se a vertigem de luz e festa se mantém de pé ao nosso redor aqui fica um respigo provocatório.
A cena passa-se no festival de música Sasquatch, nos EUA (http://sasquatchfestival.com) e é literalmente contagiante!
Um espectador jovem resolve assumir desinibidamente o ambiente de festa, dá ao pézito e, num repente, tornara-se o pólo dinamizador de uma mega-festa!
Ora vê!
Virgin há um quarto de século...
...e ainda “Virgin”, agora: