O Irão quer triplicar para cerca de mil milhões as suas actuais trocas comerciais em Portugal que já remontam há quase 500 anos.
O objectivo foi anunciado pelo Vice-Mne Medi Safari, durante uma conferência de imprensa no hotel Marriot, em Lisboa, onde revelou que os dois países vão lançar um selo do correio alusivo ao quinto centenário destas trocas comerciais.
Safari reeditou o argumento de a democracia no Irão ser bem mais participada do que na Europa, com uma afluência às urnas que foi quase o dobro as recentes eleições europeias.
Contestou por outro lado críticas à democracia no Irão contrapondo que num país como os Estados Unidos, um presidente pode ser eleito sem ma maioria de votos, como foi o caso de George W Bush face a Al Gore.
Safari assegurou que as autoridades iranianas se têm limitado a reprimir pessoas que se aproveitam de manifestações para destruirem bens e património e que as sete vítimas mortais ocorreram durante uma tentativa de roubo de armas numa base militar.
Quanto à restrições a jornalistas estrangeiros, sustentou primeiro não ter conhecimento de tais medidas mas argumentou depois ser evidentem, "em muitas reportagens", uma distorção dos factos, invariavelmente contra o executivo de Ahmadinejad.