Na África do Sul o ANC obteve o seu pior resultado eleitoral desde o fim do apartheid em 1994, mesmo somando cerca de 65 por cento dos votos expressos.
O insucesso no combate ao crime, à pobreza, à SIDA e à corrupção esteve na origem da perda de mais de 8 por cento dos votos anteriormente obtidos pelo partido que já foi de Nelson Mandela.
Mesmo assim, o apoio público prestado à última hora pelo líder histórico anti-apartheid à campanha eleitoral do ANC terá pesado na escolha de milhões de indecisos.
A maior economia africana deverá ser presidida a partir de meados de Maio pelo zulu Jacob Zuma, uma figura populista, que colmata a sua débil formação académica com uma postura humilde e conciliatória, que lhe permite rodear-se de quadros com formação técnica adequada.
A interrogação que persiste é se manterá enquanto presidente a conduta pelo menos questionável, se não criminosa, que já lhe custou diversos processos "abafados" em tribunal.