Madala era tão, madala, que a sabedoria nele somada mais parecia quantidade de impossível guarda humana.
Há anos, tantos, que ele escutava, sorvia, trocava pedrinhas por luzes de serenidade, que o iam pavimentando a ele próprio.
Tornando-se caminho de muitas viagens, por onde guiava depois os que lhe pediam pretexto de sorriso, os que da luz na metade sombra tropeçavam.
Um dia, Madala olhou uma menina, senhora de uma lágrima só e lhe pegou nas mãos do existir:
- Levanta-te dentro de ti princesa de nós. Porque o és.
Só nos adicionamos no escalar dos degraus. E tanto maior será a distância vislumbrável quando mais íngreme e penoso for o caminho percorrido.
- Levanta-te dentro de ti, princesa de nós.
Tu és a chave. De ti e de nós. Os que nos tornámos degraus, dessa tua viagem.
Madala beijou-lhe os olhos e sorveu-lhe a lágrima lavando nossos corações.