Segunda-feira vou com o Nuno Patrício (reporter de imagem) para o Líbano, fazer uma reportagem com o contingente militar português destacado na UNIFIL (Missão de paz das Nações Unidas).
Sei, em antecipação, que estas experiências com militares portugueses restauram sempre a imagem que tenho do nosso país e dos que o servem, com orgulho. Fardados ou não.
BRIO – é a palavra. APRUMO - a que se lhe segue. E HONRA – a que a remata.
Estreei-me nestas “lides” de jornalista visitante de missões militares portuguesas em Angola, na década de 90.
Acompanhei uma operação "impossível" da CLOG 6, de Pretória, na África do Sul, até à base de Viana, a Norte de Luanda.
Foram 13 dias no mato, em situações o mais desgastantes, perigosas e desmotivadoras possível, para o comum dos mortais. Mas para aqueles que a nossa farda por ali vestiam, eram oportunidades de mostrar diariamente que faziam a diferença.
Para melhor. Para muito melhor.
Assim lhe o diziam as populações que serviam, as estruturas da ONU que as enquadravam e quem de fora, de alma aberta e despido de preconceitos os passava a conhecer.
Sei por isso, que vou para um país em escombros, mas onde vou recuperar uma imensa luz interior. Bem haja quem nos serve. Com Brio, aprumo e honra.
Quem não o entende, não o sente ou não o vê, só tem a perder com isso.
E é deles que tenho pena.
