...e ainda emprestado do blog de Mestre De Rose
(http://www.uni-yoga.org/blogdoderose)
Se planear para um ano, plante arroz.
Se o fizer para dez anos, plante árvores.
Mas se o fizer para cem anos, forme pessoas.
(Provérbio chinês)
Ilumina-nos, mestre de Rose, serem tão importantes os inimigos quanto os amigos no construir de nosso arvorar.
Os primeiros se estendem céu afora, respirando a luz que nos há-de alimentar enquanto os segundos alimentam a resistência e a persistência, sustentadoras no abanar.
Tão urgente é aprendermos por isso a devolver brilhos a uns e a outros. Aos primeiros completando o beijo de alma. Aos segundos, para virar o ciclo, de sombra em luz.
Assim os segundos podem escolher de novo seu papel. E de raízes em ramos se esticarem.
P.S. Brilhos que alguém escreveu através de mim, depois de visitar o Blog de Mestre De Rose
Seis meses depois de ter chegado a Moçambique Moreno morria de SAUDADE de tudo e mais uma gota de chuva familiar.
Estava tão insatisfeito com o rame-rame da própria vida e a urgência de luz que arrastou meio mundo, a começar por si mesmo, na convicção de ser capaz de assumir a chefia de um posto importante em Maputo. E que por ali seria seu crescer interior.
Passados seis meses, Moreno era um remoinho de interior solidão. E o país , naqueles dias, um imenso buraco negro. Paupérrimo em valores materiais e, aparentemente, de estímulos existenciais.
Dia-a-dia, semana-a-semana, somou-se-lhe a vertigem de DESISTIR. Ùnica saída vislumbrável para aquele sufoco.
Por um lado vincava-se a certeza de ter atingido seus limites.
Por outro, prendia-o à Terra, a CULPA de no saltar para essa viagem ter arrastado tantas fés em si, incluindo um investir arrebatado de toda a própria luz.
Dia-a-dia, noite-a-noite, somava-se-lhe no peito uma exaustão indizível. E AGORA QUE FAÇO?
Graças a Deus, as dificuldades logísticas do desistir e regressar eram igualmente extremas. E a dança do tempo, como sempre, transformou-se em contra-dança do sentir.
O esticar dos nossos limites tem também essa magia. Esse milagre.
É como se a crisálida que até ali éramos rebentasse seu envólucro extravasando-se numa linda borboleta. Apta a voar em vez do ser rasteiro até ali moldado.
Afinal, como sempre, a Mão Alta que ali o levara sabia-o bem melhor.
E por um xicuembo de sabedoria lhe ensinou que qualquer um pode desistir e, rasteiro, morrer crisálida.
Mas requere determinação e vontade.
Respeito por nós, para buscar a luz e sair a voar.
É um sinal de alerta para nós todos, guardiões do nosso Planeta. Mais ou menos conscientes disso ou indiferentes.
Em cinco meses já morreram ou foram abatidas mais de 500 baleias de diversos tipos, em praias australianas.
As últimas foram-no num gesto de “misericórdia”, quando já se encontravam exaustas, feridas e aparentemente sem hipóteses de resgate, após encalharem numa praia remota.
O relato que “pedi” emprestado a um site australiano é pormenorizado e doloroso, mas revisita, na essência, algo recorrente mundo fora.
Ninguém sabe ao certo a razão por que estes mamíferos nadam até à costa e ali encalham até morrer. Há quem fale de suicídios colectivos.
Mas há também quem recorde que baleias e golfinhos se guiam através de um sistema biológico de radar, que se “desorienta” pela interferência dos sonares das embarcações humanas. Da poluição sonora.
Seja como for, por acção ou omissão, a dedada fica na nossa consciência.
Para quem a tenha. Claro.
É um caso paradigmático de se escrever a direito por linhas tortas; um governo contra-natura está a conseguir um milagre no Zimbabué.
Pela primeira vez em cinco anos a inflação naquele país desceu, obra do executivo interino formado (à força) entre os partidos do (ainda) presidente Robert Mugabe, e do vencedor das últimas eleições, Morgan Tsvangirai.
Boas notícias para um país arruinado pelas políticas desastrosas do primeiro e que já foi um celeiro africano.
O lado menos bom é o impacto imediato real desse progresso; a inflação no Zimbabué ronda os 230 milhões por cento (!) - leu bem! - e durante o último mês decaiu....três por cento.
Madala era tão, madala, que a sabedoria nele somada mais parecia quantidade de impossível guarda humana.
Há anos, tantos, que ele escutava, sorvia, trocava pedrinhas por luzes de serenidade, que o iam pavimentando a ele próprio.
Tornando-se caminho de muitas viagens, por onde guiava depois os que lhe pediam pretexto de sorriso, os que da luz na metade sombra tropeçavam.
Um dia, Madala olhou uma menina, senhora de uma lágrima só e lhe pegou nas mãos do existir:
- Levanta-te dentro de ti princesa de nós. Porque o és.
Só nos adicionamos no escalar dos degraus. E tanto maior será a distância vislumbrável quando mais íngreme e penoso for o caminho percorrido.
- Levanta-te dentro de ti, princesa de nós.
Tu és a chave. De ti e de nós. Os que nos tornámos degraus, dessa tua viagem.
Madala beijou-lhe os olhos e sorveu-lhe a lágrima lavando nossos corações.
"O que é pior: Ser infeliz ou estar convencido disso?"
Não daquelas óbviamente bem lustradas e encastradas, mas exactamente o oposto. Uma cheia de dedadas da vida, esquinada pelas quedas, com o brilho embaciado.
Exactamente por isso se revelou duplamente preciosa, por me obrigar a esticar meus limites, calar a vertigem de desistir, que nos subtrai o voar.
Com ela veio também um saber emprestado, desse gigante do estar; Mestre DeRose. Um semeador de brilhos. Farol de tudo quanto vale a pena lutar, a começar por nós próprios.
“ Se você se sente infeliz sem razão, ou o atribui a essas razões tão pequenas, talvez seja porque você é feliz demais e não está conseguindo metabolizar sua felicidade. Algo como indigestão por excesso de felicidade. Pense nisso e pare de reclamar da vida. Procure algum ideal, arte, filantropia e comece a ter que lutar por isso. Nunca mais precisará tomar Prozac”- in De Rose Blog
Um décimo dos Presidentes de Conselhos Executivos das escolas portuguesas vão levar ao limite a contestação ao sistema de avaliação de docentes imposto pelo governo.
Reunidos em Lisboa, representantes de 180 dos cerca de 1200 CE´s existentes em Portugal decidiram recusar-se a penalizar os professores que boicotem o controverso sistema, no formato imposto.
Os Pr´s dos CE´s sublinham não existir no quadro legal nenhuma disposição que obrigue os docentes a efectuarem tal avaliação sendo assim ilícita uma penalização por recusa.
Foram ainda acordados os princípios de criação de uma futura associação de dirigentes de escolas públicas