
O exemplo, moral, foi-nos dado há uns anos por um Senhor (com “S” maiúsculo) chamado Nelson Mandela.
Na altura do “acerto” de contas com os promotores do sistema de apartheid, Mandela afirmou serem inaceitáveis as violências cometidas contra civis tanto pelo sistema racista como pelos que se lhe opunham.
Nenhuma causa justifica o ataque a civis indefesos, por muito desesperada e desproporcional que seja a luta travada – sublinhou o velho senhor, ao pedir desculpa, em nome do ANC, pelos excessos cometidos.
No caso Palestinianos versus Israel, devemos ter isso sempre presente.
Para ambos os lados.
É um terreno onde ambos ultrapassaram há muito os limites mínimos do tolerável humanamente e, por isso mesmo, cabe a ambos recuarem em aproximação.
O facto é que após Israel se retirar de Gaza o Hamas passou a usar esta faixa para lançar ataques transfronteiriços contra civis. O Hamas não cedeu coisa nenhuma. Manteve as mesmas exigências apresentadas antes da retirada israelita e a causa de destruir aquele país.
Ao fim de meses a levar com centenas de roquetes lançados do território que desocupara, Israel resolveu ir atrás de quem lhe bombardeava a casa.
Questiona, no caminho, se haverá “resposta desproporcional” quando nos metralham a mulher e filhos.
E o(a) leitor(a) o que responde?