De futebol está o inferno cheio, diria o mais ferrenho adepto da chinchada tugolesa, face ao buraco negro em que parece mergulhar a selecção nacional e os tradicionais ditos “grandes”.
No negrume em que alguns marinam sua bílis, se perde de vista a casa de partida de qualquer desporto, que – na sua génese – tem de passar sempre pelo lado lúdico, primeiro, e, depois, de construção humana.
O mal não está, nem pode estar, no esgotar do arco-íris - mais do previsível e anunciado – da chamada “geração de ouro” e da qual ficou apenas o fogo-fátuo de um menino cujo ego emprenhou demasiado cedo.
Diz a sabedoria popular que há males que vêem por bem. E este – mais do que provavelmente – parece ser o caso.
Se não sabemos conviver com o futebol sem que este se torne um veículo anestesiador da urgência de lucidez e inteligência nas nossas existências ou um depressor em caso de derrota, o melhor é voltarmos mesmo à casa da partida.
Tipo jogo do Monopólio.
Lembram-se dos tempos em que metíamos o gordinho à baliza e escanzelávamos depois as caneças em futeboladas tarde fora, noite adentro?