Três dos gigantes da música africana actual, entre os muitos daquele continente deslumbrante que mexem comigo.
Experimenta ouvi-los com todos os sentidos e diz-me de tua justiça.
Os arquitectos-músicos que marcaram a minha geração pelo génio de multimédia, traduzido na mega-alegoria de "THe Wall".
Hoje e amanhã no Pavilhão de Portugal pela mão de Roger Waters um grito trans-geracional de inconformismo contra o passar a ferro dos sonhos, do pensar diferente e do acreditar em algo melhor.
Mas tudo menos rasca. Porque à-rasca andamos todos há gerações, por um mundo melhor.
Zheng Guigui nasceu sem dedos na mão direita e em apenas três anos concretizou o sonho de ser pianista.
Zheng deixou boquiapertos e comovidos até às lagrimas muitos dos telespectadores que assistiram a esta sua prestação num concurso de talentos da televisão pública chinesa.
E o que torna ainda mais impressionante este feito é que a jovem de 19 anos só em 2008 viu pela primeira vez um piano, porque residia numa localidade remota.
Duas vozes moçambicanas abraçadas num projecto musical de brilho planetário.
No meio da savana austral, a soprano Stella Mendonça e a contralto Sonia Mocumbi somam-se a 53 membros da Orquestra sinfónica francesa de Pontarlier numa ilustração musical arrebatadora.
Fica aqui um "teaser" deste arco-íris para vos adoçar os sentidos.
Pura magia!
Bob Marley no seu melhor com Three Little Birds, quarta música do lado B do álbum Exodus, lançado em 1977 com os Wailers e que se tornou rapidamente uma das produções mais populares do cantor e compositor jamaicano.
A sua versão em single, publicada em 1980, não passou da 17ª posição do Top20 britânico mas uma interpretação recente, assinada pela britânica Connie Talbot liderou a Billboard Hot Singles Sales Chart em 2008.
É uma voz notável que através da música já foi vincada pela Times como uma das 100 mais influentes do Mundo.
Escutei-a em Brazzaville, no Ruanda e em Moçambique, um apelo arrepiante de união humana.
E porque não? Se o quisermos?
E deixa teu corpo arrastar-te nesse gingar que apetece, tornando-nos parte da natureza, deste chão telúrico que nos agarra e alimenta.
Somos felizes. Tantas vezes sem darmos por isso.
Passam hoje 30 anos que Vinícius de Moraes foi semear poesia noutros raios de luz.
Tinha tocado até altas horas da madrugada com Toquinho, seu amigo e companheiro de tantas vidas por ambos percorridas mundo fora.
Ao alvorar seu copo de vida estava vazio, bebido até à ultima gota, por esse mágico que transformou cada acorde e letra portuguesa num beijo de existir.
Saravá Vinícius! Obrigado!