Moçambique é sem dúvida um dos “segredos” mais bem escondidos do mundo lusófono para quem nunca aportou em terras baptizadas há séculos por Vasco da Gama como sendo da “boa gente”.
Mas é também – sabe-se agora - palco sentenciado a tornar-se cada vez mais cenário de cheias, secas, ciclones e epidemias.
Essa é a principal conclusão de um estudo financiado pelas Nações Unidas e agora publicado sob o título “Relatório das mudanças climáticas”.
O documento sublinha que aqueles desastres naturais serão cada vez mais frequentes e intensos em Moçambique devido ao aquecimento global do Planeta.
Os investigadores aconselham o governo moçambicano a multiplicar o alcance dos actuais sistemas de combate a calamidades naturais e a desenvolver uma estratégia nacional de resposta às alterações climáticas configuradas.
Moçambique ainda está a recuperar do ciclone Jokwe, que provocou no ano passado dezenas de mortos e deixou milhares de pessoas sem abrigo e meios de subsistência.
Isto depois de o país ter sido palco de cheias devastadoras, em 2000 e 2007, e de a malária ali apresentar algumas das formas mais letais do Planeta.